Distância entre desemprego de mulheres e homens se amplia, aponta IBGE | Brasil

Pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego entre as mulheres era de 9,2% no quarto trimestre, ante 6% entre homens, uma distância de 53,3%. Essa diferença era menor no terceiro trimestre, de 45,3%, com taxas de desemprego de 9,3% e 6,4%, respectivamente.

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Segundo Adriana Beringuy, coordenadora das Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, o aumento da diferença reflete uma redução mais intensa do desemprego entre homens. E isso pode ter sido influenciado, argumenta, pelo fato de que três das cinco atividades com aumento mais intenso da ocupação na passagem entre o terceiro e o quarto trimestre são aquelas com maior presença de trabalhadores do sexo masculino: indústria, construção e transporte, armazenagem e correio.

“A gente sabe que a participação dos homens é maior que a das mulheres nessas atividades”, diz.

Na série histórica da pesquisa, que começou em 2012, a maior diferença no desemprego entre homens e mulheres foi registrado justamente no primeiro trimestre daquele ano, de 69,4%. A menor diferença, por outro lado, se deu no segundo trimestre de 2020 (27%), sob o efeito da pandemia.

Ao mesmo tempo, permaneceu a desigualdade no rendimento: a renda média mensal delas era de R$ 2.562 no quarto trimestre de 2023, ante R$ 3.233 deles. Ambos os valores são recordes, mas não mudam a realidade de que as mulheres ganham 26,2% menos que os homens. O indicador de renda neste caso é o do rendimento médio habitualmente recebido no trabalho principal.