Para além dos negócios, Abilio Diniz, que morreu devido a uma pneumonite neste domingo, aos 87 anos, era fã assumido da prática esportiva. O primeiro contato com o esporte foi ainda durante a infância, aos 6 anos.
Na época, o futuro empresário era alvo de agressões e bullying na escola, por conta da baixa estatura e o peso considerado acima do ideal — o que o motivou, posteriormente, a modificar os hábitos de vida.
Diniz começou como goleiro de futebol, atuando em jogos informais que aconteciam no bairro do Paraíso, onde cresceu, na zona sul de São Paulo.
Também participava de partidas na Várzea do Glicério, no centro da capital paulista, próximo à padaria em que pai era sócio, o imigrante português e fundador do Grupo Pão de Açúcar, Valentim Diniz.
Aos 11 anos, o esporte passou a ser regular na vida do jovem paulistano, enquanto ainda estudava no Colégio Anglo Latino, na Vila Clementino. Já aos 13, passou a praticar outros esportes além do futebol. Aprendeu boxe, judô, e capoeira.
A experiência foi relatada ao podcast “Flow”, em setembro de 2021. Na entrevista, o empresário relatou que a prática das lutas, especialmente o boxe, começou para que ele conseguisse se defender dos colegas durante as partidas de futebol na várzea.
“Busquei com meu pai um dinheirinho e comecei a treinar lá. Treinei boxe, competi bastante, até hoje treino boxe. E aí voltei para a várzea. De apanhar, passei a bater”, disse na conversa.
O comportamento agressivo do pai também foi apontado por Diniz como um dos fatores que o aproximou das lutas marciais.
“Meu pai dizia para mim que homem não chora. Eram outros tempos. Eu não podia chorar, me queixar… apanhava para cacete. Eu passava de ônibus na cidade e passava sempre em frente à academia. Vi aquele negócio de luta e decidi entrar. Disse que queria fazer tudo”, afirmou na época.