O primeiro leilão de transmissão de energia de 2024 previsto para ocorrer na quinta-feira (28) às 10h, na sede da B3, em São Paulo, volta aos moldes tradicionais de bastante concorrência e expectativa de grandes deságios. O certame deve movimentar R$ 18,2 bi em investimentos.
Alupar e Engie estão na lista de empresas que confirmaram que estarão no evento da disputa. Entretanto, a expectativa está sobre a Eletrobras, que também vai participar.
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O mercado espera ainda por CPFL, Neoenergia, Cymi e Energisa, além de gestoras, fundos de infraestrutura e bancos, como a Vinci, XP, Pátria, Perfin e BTG Pactual, por exemplo, que costumam aparecer por meio de consórcios com empresas.
Fontes ouvidas pelo Valor acreditam que todos os lotes serão arrematados, já que o setor de transmissão é totalmente regulado e o vencedor ganha um contrato de 30 anos com receita fixa indexada ao IPCA sem risco de inadimplência. Contudo, os participantes enfrentarão um contexto de escassez de empreiteiras “epecistas” — que constroem e entregam a obra —, deixando menos espaço para intervenientes aventureiros.
O evento terá também ausência de importantes companhias. A Copel disse à reportagem que vai focar em disciplina financeira e descarta participação em leilão. A Taesa também confirmou que desistiu da disputa pelo nível de endividamento. O presidente da colombiana Isa Cteep, Rui Chammas, contou que a companhia tem R$ 15 bilhões a executar nos próximos anos e também não participará. Cemig também deve ficar de fora da disputa.
Do lado das fabricantes, o mercado conta com o retorno de WEG, Siemens Energy, Hitachi Energy e Andritz disputando cerca de um terço do investimento previsto.
No leilão que ocorreu em dezembro de 2023, a escolha de uma tecnologia mais antiga, conhecida como LCC, somada à escassez de recursos humanos para apresentação de propostas dentro do prazo estipulado fez com que as empresas não disputassem o certame, que ficou concentrado nas mãos dos chineses