Entenda por que Zuckerberg voltou ao top 5 dos bilionários da “Forbes” | Empresas

by g360noticias
Entenda por que Zuckerberg voltou ao top 5 dos bilionários da “Forbes” | Empresas

Mark Zuckerberg, o co-fundador e CEO da Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, voltou ao top 5 da lista de bilionários da Forbes após sua fortuna praticamente triplicar do início de 2023 para abril de 2024.

De acordo com dados da própria “Forbes”, Zuckerberg tinha um patrimônio avaliado em US$ 64,4 bilhões quando saiu a lista de bilionários de 2023. Agora, o empresário está na quarta colocação dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna de US$ 177 bilhões.

Zuckerberg se encontra atrás, apenas, de Jeff Bezos (fundador da Amazon), Elon Musk (fundador da SpaceX e dono do X) e a família Arnault (donos da LVMH).

O empresário criou o Facebook em 2004, aos 19 anos, quando ainda estudava Ciência da Computação e Psicologia em Harvard.

De acordo com a própria “Forbes”, Zuckerberg detém cerca de 13% de todas as ações da Meta. Por conta disso, o patrimônio do empresário está fortemente ligado ao desempenho das ações da companhia.

Por que a fortuna de Zuckerberg cresceu de 2023 para 2024?

Segundo informações da “Forbes”, em março de 2021, Zuckerberg era a quinta pessoa mais rica do mundo, com patrimônio estimado em US$ 97 bilhões (R$ 485 bilhões).

No entanto, até fevereiro de 2023, as ações da Meta caíram mais de 40% e o patrimônio de Zuckerberg sentiu o impacto, saindo do top 10 dos mais ricos. Em 31 de janeiro de 2023, o empresário ocupava a 23ª posição das pessoas com mais dinheiro no mundo.

A queda nas ações da Meta de 2021 até 2023 pode ser justificada pelo movimento de alta dos juros feito pelo banco central americano, o Federal Reserve (Fed), em resposta ao aumento da inflação no país por conta da pandemia de covid-19.

Outras empresas do setor de tecnologia, como Amazon e Google, também sofreram uma queda em seus ativos por conta da alta dos juros. Em novembro de 2022, os papéis da Meta bateram sua mínima de cinco anos, cotados a US$ 90,79.

Em 2023, as ações da Meta quase triplicaram, na medida que os investidores acreditaram no foco da empresa em eficiência e corte de custos. O aumento foi de mais de 300% em relação à baixa atingida em 2022.

Desde 2022, a Meta adotou uma política de corte de custos na companhia, realizando demissões em massa, que contabilizaram cerca de 22% dos funcionários em 2023.

Além disso, a companhia revelou em fevereiro deste ano os planos para uma recompra de ações no valor de US$ 50 bilhões, impulsionando o desempenho dos papéis neste ano (alta de 41,55%).

O patrimônio de Zuckerberg refletiu as oscilações nas ações da Meta no decorrer dos últimos anos. Confira os valores por ano:

  • 2020: US$ 54,7 bilhões
  • 2021: US$ 97 bilhões
  • 2022: US$ 67,3 bilhões
  • 2023: US$ 64,4 bilhões
  • 2024: US$ 177 bilhões

Como Zuckerberg fundou a Meta?

O nome Meta foi adotado em 28 de outubro de 2021. No entanto, a companhia foi criada em 2004 por Mark Zuckerberg, enquanto ele ainda cursava Harvard, juntamente com Dustin Moskovitz, Chris Hughes e o brasileiro Eduardo Saverin.

Hoje, a Meta é a empresa controladora dos aplicativos Facebook, Messenger, WhatsApp, Instagram e Threads. A companhia também atua na criação e venda de dispositivos de realidade virtual e realidade mista de alta resolução, como o headset Meta Quest Pro.

Em seus estágios iniciais, o Facebook funcionava como uma plataforma para pessoas se cadastrarem e verem as fotos de seus amigos e publicações que desejassem compartilhar, como vídeos e notícias.

Em 2011, o Facebook lançou a ferramenta Messenger, que permitia aos usuários da rede social mandar mensagens, sem custo, para seus colegas. Em 2012, a companhia anunciou a aquisição do Instagram e do WhatsApp em 2014, ampliando sua dominância no mercado de redes sociais.

Outro passo crucial para a história do Facebook foi a troca do nome da companhia para Meta, tentando refletir o compromisso da companhia com seu “próximo passo”: o Metaverso.

De acordo com a própria Meta, o metaverso é um conjunto de espaços digitais para socializar, aprender, jogar e muito mais. A companhia explica que, tal qual a internet, essa será uma nova ferramenta que facilitará a conexão com outras pessoas.

“Assim como a internet de hoje, o metaverso será uma constelação de tecnologias, plataformas e produtos. Não será construído, operado e gerido por somente uma empresa ou instituição. Serão necessárias várias empresas grandes e pequenas, a sociedade civil, o setor público e milhões de criadores individuais. Não é um único pedaço de pano, mas uma colcha de retalhos”, disse a companhia.

A empresa ainda explica que o Metaverso será um espaço aberto, e que não haverá um Metaverso do Google ou da Meta.

“Como a internet, o metaverso será um sistema interconectado que transcende as fronteiras nacionais, portanto, será necessário haver uma rede de padrões, normas e regras públicas e privadas para permitir que ele opere entre jurisdições”.

Esse universo, no entanto, ainda não é completamente real. A Meta, por exemplo, ainda está criando esta realidade virtual e comercializando os produtos que darão acesso, como o óculos Meta Quest. Dessa forma, pode-se entender o Metaverso como uma extensão da internet, funcionando de forma 3D e permitindo a interação dos usuários na realidade virtual.

*Estagiário sob a supervisão de Diogo Max

Fonte: valor.globo.com