Aché fecha acordo com Atiaia para produzir sua própria energia | Empresas

by g360noticias
Aché fecha acordo com Atiaia para produzir sua própria energia | Empresas

A farmacêutica Aché Laboratórios fechou contrato com a Atiaia Renováveis, empresa de comercialização e geração de energia do Grupo Cornélio Brennand, para abastecer seus laboratórios localizados em Guarulhos (SP), Nações Unidas (SP), Pernambuco e Anápolis (GO), a partir de janeiro de 2025.

O abastecimento será proveniente da Usina Fotovoltaica Maravilhas II, que fica na cidade de Goiana (PE), com 27,5 MW de capacidade instalada. Já o volume de energia fornecido será de 6,7 megawatts-médios, suficiente para abastecer a demanda das quatro fábricas. A produção da unidade fabril de Londrina (SC) continua sendo suprida pela distribuidora local.

Neste modelo de negócios, a Atiaia arrendará uma usina solar e sua outorga ao Aché, que receberá autorização para gerar energia elétrica destinada exclusivamente ao seu consumo. No jargão do setor elétrico, este arranjo é conhecido como autoprodução de energia.

“A Atiaia é a proprietária da outorga e dos ativos e nós arrendamos este conjunto para o Aché Laboratórios, que será o nosso arrendatário neste contrato pelos próximos 15 anos. Para a construção, contamos com a parceria da WEG”, diz o presidente da Atiaia Renováveis, Rodrigo Assunção.

Neste modelo de autoprodução, a empresa ainda deixa de pagar alguns encargos, o que as torna mais competitivas. Por outro lado, como os custos do sistema permanecem os mesmos, o montante acaba sendo rateado pelos outros consumidores.

Ao Valor, o presidente do Aché, José Vicente Marino, diz que a farmacêutica deve ter uma redução de 324 toneladas nas emissões de CO2 ao utilizar apenas energia renovável na fabricação de medicamentos.

“A parceria com a Atiaia vai fazer com que as emissões do Escopo 2 [relativo às emissões indiretas de gases de efeito estufa provenientes da geração de eletricidade e calor] sejam zeradas com a produção de energia renovável fotovoltaica”, afirma Marino.

Em relação às vantagens econômicas, a previsão é que a fabricante de medicamentos economize cerca de 10% dos custos com energia atuando com autoprodutora. Em termos comparativos, o consumidor do mercado regulado (aquele atendido pelas distribuidoras) paga uma tarifa na ordem de R$ 700 por megawatt-hora (MWh) sem tributos, na média, no Brasil. Um consumidor livre tem tarifa 30% menor. Já um consumidor livre adotando um modelo de energia incentivada (PCH, eólica, solar ou térmica a biomassa) consegue mais de 40% de desconto.

Fonte: valor.globo.com