Enquanto o Brasil ainda convive com um preocupante índice de 29% de analfabetismo funcional entre a população de 15 a 64 anos, Anápolis apresenta desempenho expressivamente superior no acesso à leitura e escrita. De acordo com o Censo Demográfico de 2022, divulgado pelo IBGE, 96,21% dos anapolinos com 15 anos ou mais são alfabetizados — índice acima das médias nacional (93%) e estadual (94,5%).
Em números absolutos, isso representa 306.615 pessoas alfabetizadas no município e 12.092 ainda não alfabetizadas, o que equivale a 3,79% da população dessa faixa etária sem domínio das habilidades básicas de leitura e escrita. A evolução ao longo das últimas décadas é notável: em 1991, a taxa de analfabetismo em Anápolis era de 12,7%; em 2000, caiu para 8,6%; e, em 2010, para 5,3%.
O levantamento nacional do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgado na segunda-feira (6), revela que o Brasil ainda enfrenta altos índices de analfabetismo funcional — condição em que o indivíduo é capaz de ler palavras ou frases simples, mas tem dificuldade em interpretar textos ou realizar operações matemáticas básicas. A pesquisa também destaca o crescimento do analfabetismo funcional entre jovens de 15 a 29 anos, que passou de 14%, em 2018, para 16% em 2024.
Em Anápolis, a análise por faixa etária aponta que os jovens entre 20 e 24 anos possuem o melhor índice de alfabetização, com 99,29% plenamente alfabetizados. Em contraste, entre os idosos com mais de 80 anos, o índice cai para 74,76%.
No recorte por sexo, os homens registram uma taxa ligeiramente superior à das mulheres: 96,37% contra 96,06%. Em relação aos grupos raciais, as mulheres pretas apresentam a menor taxa de alfabetização, com 93,3%, enquanto os homens amarelos atingem o maior percentual, com 97,69%. Entre a população indígena residente em Anápolis, o índice é de 92,04%.
No contexto estadual, Goiás contabilizava, em 2022, cerca de 5,3 milhões de pessoas alfabetizadas com 15 anos ou mais. Aproximadamente 308,7 mil ainda eram consideradas analfabetas. Em nível nacional, o número total de analfabetos nesta faixa etária chegou a 11,5 milhões, o que corresponde a 7% da população.