Bolsas de NY caem com inflação dos EUA mais forte que o esperado | Finanças

by g360noticias
Bolsas de NY caem com inflação dos EUA mais forte que o esperado | Finanças

As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta quarta-feira (10) pressionadas por um índice de preços ao consumidor (CPI) de março dos EUA que veio acima do esperado pelo terceiro mês consecutivo, o que levou o mercado a reprecificar a curva de juros e a expectativa de cortes para este ano.

No fechamento, o índice Dow Jones caiu 1,09%, a 38.461,51 pontos, o S&P 500 recuou 0,95%, a 5.160,64 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,84% a 16.170,36.

Se no início do ano, os investidores chegaram a precificar até sete cortes nos juros em 2024, depois do CPI divulgado hoje, este número caiu para entre um e dois cortes. O primeiro corte saiu de junho em direção a setembro, segundo o CME Group.

O CPI subiu 0,4% em março ante fevereiro, acima do consenso de economistas consultados pelo The Wall Street Journal de alta de 0,3%. Na base anual, o CPI subiu 3,5%, acima dos 3,2% de fevereiro e do consenso de 3,4%. O núcleo subiu 0,4% em março na base mensal, acima dos 0,3% do consenso e estável em relação aos 0,4% registrados em fevereiro. Já a taxa anual do núcleo ficou em 3,8% em março, acima do consenso de 3,7% e estável em relação aos 3,8% do mês anterior.

A expectativa de juros elevados por mais tempo levou a uma forte queda nas bolsas. Porém, embora os índices tenham fechado no vermelho, eles ficaram longe das mínimas do dia.

Segundo John Higgins, economista-chefe de mercados da Capital Economics, a queda de hoje no S&P 500, após a divulgação do forte CPI de março sublinha a vulnerabilidade do mercado acionário dos EUA a notícias decepcionantes sobre a inflação.

“No entanto, embora a retração tenha sido acompanhada por um aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro de curto prazo, à medida que os investidores continuaram a reduzir as suas expectativas de flexibilização monetária, duvidamos que isso marque o início de uma nova tendência nos preços das ações”, afirma.

Segundo ele, a forma como o S&P 500 reagirá à evolução futura da inflação dependerá, em parte, do seu efeito sobre as taxas reais às quais os lucros das empresas são descontados.

— Foto: Michael Nagle/Bloomberg

Fonte: valor.globo.com