O sentimento de pessimismo entre empresas que operam na Alemanha está em alta, segundo pesquisa da Câmara de Comércio e Indústria do país (DIHK, na sigla em inglês). O levantamento mostrou que 29% das companhias descrevem sua situação como “boa”, ante 22% que disseram que a condição é “ruim”, diminuindo em dois pontos percentuais a diferença entre as duas categorias em relação à pesquisa do 3º trimestre do ano passado.
“No geral, as perspectivas para a economia alemã são sombrias. Portanto, a DIHK prevê uma queda adicional no desempenho econômico de 0,5% para o ano de 2024”, disse Martin Wansleben, diretor da entidade, ao comentar o relatório.
Entre as principais preocupações das empresas alemãs, 60% citam os custos de energia como um fator de risco, enquanto a falta de trabalhadores especializados, a demanda doméstica e custos trabalhistas preocupam mais de 50% dos entrevistados.
A pesquisa ressalta também o aumento na preocupação das empresas sobre questões de regulação econômica na Alemanha, com 57% dos entrevistados dizendo que condições burocráticas preocupam, ante 51% em pesquisa feita no 3º trimestre do ano anterior.
“Nas mais de 7,5 mil respostas sobre as condições do quadro econômico, as empresas manifestam grande preocupação – senão frustração – em relação à crescente burocracia, regulamentação excessiva e à falta de impulsos na política econômica. Esta é uma área na qual devemos continuar focando em nosso país. As empresas alemãs precisam recuperar sua competitividade, especialmente em termos de investimentos”, disse Wansleben.
No geral, as expectativas econômicas das empresas alemãs continuam ruins, com 35% dos entrevistados esperando uma deterioração nas condições da economia nos próximos doze meses, enquanto apenas 14% esperam melhora.