O dólar abandonou o campo negativo nos últimos minutos de negócios e passou a exibir leve alta, ao mesmo tempo em que os juros futuros se afastaram das mínimas do dia e o Ibovespa moderou seus ganhos. O movimento negativo dos ativos locais ocorre em meio aos ruídos políticos envolvendo a troca no comando da Petrobras, enquanto, no exterior, crescem os receios relacionados a um possível ataque do Irã a Israel, que levaram o petróleo Brent a fechar acima de US$ 90 pela primeira vez desde outubro.
Além disso, participantes do mercado também apontam para falas mais conservadoras de membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) nos Estados Unidos.
Perto das 16h15, o dólar comercial operava em alta de 0,05%, negociado a R$ 5,0434 após ter marcado R$ 5,0043 nas mínimas do dia.
No mesmo horário, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 oscilava de 9,955% do ajuste anterior para 9,95%; a do DI para janeiro de 2026 passava de 9,97% para 9,945%; a do DI para janeiro de 2027 caía de 10,275% para 10,255%; e a do DI para janeiro de 2029 recuava de 10,83% para 10,83%.
Já o Ibovespa, que vem exibindo forte volatilidade ao longo de toda a sessão, reduziu expressivamente os ganhos: há pouco, o índice subia 0,30%, aos 127.705 pontos, quase dois mil pontos abaixo da máxima intradiária, de 129.627.
As ações da Petrobras têm sido a principal causa das oscilações no dia: nas máximas da sessão, a estatal chegou a subir mais de 2% com a expectativa pelo pagamento de dividendos extraordinários, enquanto nas mínimas registrou queda firme em meio a notícias envolvendo uma possível mudança na presidência da estatal, com o nome de Aloizio Mercadante, atual presidente do BNDES, cotado para assumir a empresa.
Assim, nos últimos minutos, as ações da companhia operavam com sinais divergentes, com o papel ON subindo 0,71% e o ON perdendo 0,49%.