A bancada goiana na Câmara dos Deputados pode ganhar uma nova vaga a partir da legislatura que se inicia em 2026. O acréscimo será possível caso o Congresso Nacional aprove, até o fim deste semestre, uma proposta de redistribuição das cadeiras entre os estados, com base nos dados do Censo Demográfico de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A mudança atende a uma demanda antiga de correção na proporcionalidade da representação dos estados. Atualmente, Goiás possui 17 deputados federais, um a menos que o Maranhão, apesar de contar com uma população maior.
Em 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o Congresso revise a composição da Câmara dos Deputados conforme os dados atualizados do censo. O prazo para essa adequação vai até o dia 30 de junho deste ano. Caso a proposta avance, Goiás passará a ter 18 representantes na Casa.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já indicou a intenção de costurar um acordo com o STF para viabilizar o aumento do número total de deputados federais. A proposta discutida prevê a ampliação das atuais 513 cadeiras para 527, um acréscimo de 14 parlamentares.
O Projeto de Lei Complementar 148/2023, atualmente em análise na Câmara dos Deputados, contempla essa reconfiguração. O texto altera a composição de bancadas de 14 estados: sete ganhariam cadeiras, enquanto outros sete perderiam representantes. O projeto também estabelece que a nova distribuição deverá ser divulgada no ano anterior às eleições, com base em atualização populacional fornecida pelo IBGE.
Confira como fica o novo cenário:
Estados que perderiam vagas:
Rio de Janeiro (-4)
Rio Grande do Sul (-2)
Piauí (-2)
Paraíba (-2)
Bahia (-2)
Pernambuco (-1)
Alagoas (-1)
Estados que ganhariam vagas:
Santa Catarina (+4)
Pará (+4)
Amazonas (+2)
Ceará (+1)
Goiás (+1)
Minas Gerais (+1)
Mato Grosso (+1)
Segundo o autor do projeto, deputado Rafael Pezenti (MDB-SC), a redistribuição das cadeiras busca assegurar maior equilíbrio federativo, refletindo de forma mais justa a representação populacional. No entanto, o parlamentar também critica a possibilidade de ampliação do número total de deputados. “Criar mais vagas é um tapa na cara do brasileiro”, afirmou.