No Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) apresentado nesta segunda-feira, o governo traz pela primeira vez um anexo sugestão de revisão de despesas. Segundo o Executivo, a revisão de gastos permitirá economias de até R$ 37,3 bilhões até 2028.
Conforme as projeções, a economia com benefícios da Previdência Social poderá chegar a R$ 28,6 bilhões até 2028, com economias de R$ 7,2 bilhões em 2025 e em 2026, de R$ 7,1 bilhões em 2027 e R$ 7 bilhões em 2028.
A revisão de gastos do Proagro, por sua vez, renderá economia de R$ 8,7 bilhões até 2028, com reduções de R$ 2 bilhões em 2025, R$ 2,1 bilhões em 2026, R$ 2,2 bilhões em 2027 e R$ 2,3 bilhões em 2028.
Meta zero para o déficit
O governo enviou PLDO com uma meta de resultado primário zero em 2025, a mesma meta fixada para este ano.
Dessa forma, o governo pode fechar o próximo ano com um pequeno déficit, já que o arcabouço fiscal permite uma tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para cima e para baixo. Isso, segundo a projeção do governo, representa um valor entre um déficit de R$ 31 bilhões e um superávit de R$ 31 bilhões.
Mais cedo, em entrevista à GloboNews, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia confirmado a meta do próximo ano.
A meta fixada é inferior àquela que o governo havia sugerido em abril do ano passado, quando apresentou o novo arcabouço fiscal: na ocasião, a Fazenda divulgou que o superávit seria de 0,5% do PIB em 2025 e 1% do PIB em 2026.
As metas de resultado primário dos três anos seguintes também foram revistas. Agora, a proposta é: superávit de 0,25% do PIB em 2026, superávit de 0,5% em 2027 e 1% de superávit em 2028. Em todos os casos, há uma banda de tolerância de 0,25 ponto percentual para mais ou menos.