Hapvida perde R$ 7,8 bilhões em valor de mercado, com queda acumulada de 22,6% no ano | Empresas

by g360noticias
Hapvida perde R$ 7,8 bilhões em valor de mercado, com queda acumulada de 22,6% no ano | Empresas

A Hapvida já perdeu R$ 7,8 bilhões em valor de mercado somente neste ano. Com isso, a maior operadora de planos de saúde do país agora vale R$ 25,8 bilhões, segundo o Valor Data. As ações da companhia caem 0,58% cotadas a R$ 3,40 nesta quinta-feira (15), sendo que, no ano, a queda acumulada é de 22,6%, com forte desaceleração nos últimos dez dias.

Entre as razões que provocaram o desânimo do investidor é que a taxa de sinistralidade de 68% prevista para ser alcançada no terceiro trimestre deste ano deve se tornar realidade apenas em 2025. Nesse cenário, o Itaú BBA reduziu hoje (15) o preço-alvo do papel de R$ 7 para R$ 6. Na semana passada, o Goldman Sachs rebaixou suas estimativas para o valor da ação de R$ 5,40 para R$ 4,80.

O Itaú BBA destacou em relatório que o foco da maior operadora de planos de saúde do país será na integração com NotreDame Intermédica em São Paulo. “Na nossa avaliação, a abordagem cautelosa da empresa para minimizar potenciais perturbações entre a base de beneficiários da Intermédica levou ao adiamento de certos ajustes nas operações no Sudeste, como novas mudanças na rede de atendimento. Consequentemente, espera-se que essa decisão atrase a meta da Hapvida de atingir uma sinistralidade anualizada de 68% do terceiro trimestre para o início de 2025”, destacou o banco.

No fim de janeiro, denúncias trouxeram à tona que a Intermédica, operadora adquirida pela Hapvida, não está cumprindo liminares judiciais obrigando a companhia a cobrir tratamentos médicos. O caso é investigado pelo Ministério Público de São Paulo.

O Goldman Sachs, que reduziu também sua recomendação de compra para neutro, destacou ainda outros fatores para mudar suas projeções para os próximos 12 meses. Entre eles, desaceleração nos reajustes de preços em praças no Nordeste, Norte, Centro-Oeste, Estado de São Paulo (sem capital) e Minas Gerais; atrito na integração de novos ativos, especialmente em São Paulo; custos de medicamentos acima do esperado e aumento significativo nos casos de dengue, entre outros.

Na avaliação do Citi, a queda nas ações reflete “preocupações renovadas dos investidores sobre um processo prolongado de recuperação de margem, que combinado com a contínua fraqueza comercial, pode (mais uma vez) impulsionar outro ciclo de revisões negativas”.

Fonte: valor.globo.com