Citado na delação de Mauro Cid como integrante de grupo de ‘radicais’ pró-golpe de Estado, o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) afirmou, em nota, que “em nenhum momento cogitou, afirmou ou mesmo pensou em sequestrar ou confiscar uma urna eletrônica”.
Heinze alega que recorreu apenas a mecanismos legais para tirar supostas dúvidas sobre o processo eleitoral e que tudo ocorreu de maneira transparente.
“As ações que empreendi após as eleições de 2022 são de domínio público e estão devidamente documentadas, não se baseiam em conjecturas ou delações”, escreveu Heinze, em suas redes sociais.
“Diante das dúvidas em relação ao escrutínio e atendendo aos apelos por esclarecimentos dos meus eleitores, recorri aos mecanismos legais disponíveis, buscando a intervenção do Estado para a realização de uma investigação imparcial”, acrescentou.
Heinze argumenta que “não houve qualquer falta de transparência em suas ações” e que “jamais venderia a sua dignidade”. “Desde quando buscar a verdade por meio de uma investigação constitui um crime?”, questionou.
Em um dos trechos, o parlamentar insinua estar sendo vítima de algum tipo de perseguição política.
Além de ter sido citado na delação de Mauro Cid, conforme noticiado pelo jornal “O Globo”, Heinze também consta no inquérito da Polícia Federal que apura uma tentativa de golpe de Estado por parte do então presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.
No inquérito, consta que Heinze participou de uma reunião com Bolsonaro em meio ao início de tratativas que teriam finalidade de planejar e executar ações que pregavam um golpe militar. Apesar de ser citado, o senador não é investigado.