Juros futuros se alinham aos Treasuries e operam em leve alta | Finanças

by g360noticias
Juros futuros se alinham aos Treasuries e operam em leve alta | Finanças

Os juros futuros operam próximos aos ajustes da sessão anterior no início dos negócios desta sexta-feira, com viés de alta, em movimento alinhado ao observado nos rendimentos dos Treasuries (títulos do Tesouro americano). Agentes aguardam novos dados de inflação nos Estados Unidos – desta vez o índice de preços ao produtor (PPI) – e números de confiança do consumidor e expectativas de inflação da Universidade de Michigan.

Perto das 9h30, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 passava de 9,995% do ajuste anterior para 10,005%; a do DI para janeiro de 2026 subia de 9,795% para 9,805%; a do DI para janeiro de 2027 permanecia nos 9,975%, mesmo patamar do dia anterior; e a do DI para janeiro de 2029 recuava de 10,435% para 10,43%.

Após o susto com os dados de inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos no início da semana, agentes aguardam a divulgação do PPI nesta sexta-feira, já que alguns componentes do indicador têm peso importante no cálculo do índice de preços de gastos com consumo (PCE) – o índice de inflação mais acompanhado pelo Federal Reserve.

No mesmo horário citado acima, o rendimento da T-note de 2 anos passava de 4,578% para 4,618%, enquanto a taxa da T-note de 10 anos subia de 4,227% para 4,268%.

Durante a semana, alguns dirigentes do Fed voltaram a enfatizar que não há pressa para iniciar os cortes de juros nos Estados Unidos. Hoje, os dirigentes do Fed de Richmond, Thomas Barkin, o vice-presidente de supervisão, Michael Barr e a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, discursam.

“Após recomposição de apostas em cortes do Fed ontem, mercado monitora inflação ao produtor, dados da Universidade de Michigan e falas de dirigentes do Fed nos EUA nesta sexta-feira. Raphael Bostic [presidente do Fed de Atlanta] disse ontem que dados de inflação de janeiro não sinalizaram mudanças na tendência da inflação e que a luta contra a dinâmica inflacionária ainda não acabou. Bostic reforçou a ótica de seu companheiro, Jerome Powell, que ainda é necessário mais provas contínuas que os preços estão arrefecendo e não há pressa em cortar juro diante de pressões inflacionárias tão amplas”, apontam os profissionais da Guide Investimentos.

Segundo eles, o dirigente do Federal Reserve ressaltou os riscos geopolíticos como um potencial empecilho para cortes prematuros em 2024 e que a economia americana pode estar mais resistente à elevação dos juros.

No Brasil, o foco dos agentes financeiros deve se manter na participação do diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, em live organizada pela Bradesco Asset Management, às 10h.

Fonte: valor.globo.com