Em um mundo em constante transformação e complexidade, é importante que os líderes estejam atentos à sua identidade e ao propósito de sua existência. Após observar líderes seniores por mais de duas décadas, é comum questionar o que desejamos realizar durante nosso curto tempo na Terra.
Embora muitos possam seguir suas vidas e carreiras sem se atentarem sobre essas questões, em alguns momentos elas são trazidas à tona por mudanças de posição ou empresa, ou mesmo por tragédias pessoais.
A velocidade cada vez maior e mais frequente com que somos impactados por rupturas e mudanças em nossas comunidades tem consequências sobre a nossa identidade e sua evolução com o tempo.
A identidade é composta por nossas crenças, valores, autopercepção dos nossos superpoderes, mas também dos nossos limites, e como nos vemos e definimos o significado de nossas vidas. Desde o nascimento, trazemos traços e qualidades inerentes, adquirimos experiências e habilidades e desenvolvemos um entendimento do mundo a partir das nossas lentes. Esses fatores formam a base de nossa identidade, que durante muito tempo foi possível classificá-la em profissional e pessoal. Tudo isso dentro de um contexto delineado por nossos papéis e organizações das quais fazemos parte.
No entanto, muitos líderes têm dificuldade de compreender a natureza de sua função, talvez por não apreciarem plenamente as exigências da mesma, em termos de requisitos pessoais ou comportamentos necessários. Ou pode ser uma questão de alinhamento. Será que a pessoa realmente valoriza e exibe os comportamentos para a função? Eles se encaixam totalmente? A autoavaliação pode não ser precisa, lhe faltando preparação ou adequação aos requisitos dela, ou mesmo não percebendo que está pronta para algo maior ou que subestime o desafio da próxima função. E, finalmente, se suas prioridades pessoais e profissionais se enquadram nas demandas da função atual ou futura.