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O ouro teve forte alta hoje e voltou a fechar em patamar recorde histórico. O metal precioso ignorou o avanço dos rendimentos dos Treasuries e a alta do dólar ante a maioria de suas moedas pares e continua a alcançar níveis cada vez maiores no mercado futuro.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho subiu 1,16%, a US$ 2.238,40. Na semana, o contrato mais líquido do metal subiu 3,63%.
Já no mês de março, o ouro saltou 8,94%, enquanto que os ganhos acumulados no primeiro trimestre de 2024 foram de 8,04%.
De acordo com Carsten Menke, analista do Julius Baer, o apetite do mercado ocorre por conta de uma “corrida do ouro” na China, compras de bancos centrais e a expectativa por cortes de juros do Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos.
“Embora acreditem que tanto a China quanto os bancos centrais sejam elementos de apoio estrutural que estão mantendo os preços do ouro em níveis historicamente altos, não acreditamos que eles alimentarão ainda mais a alta”, diz Menke.
“Dito isso, também acreditamos que muitas notícias boas já foram precificadas, principalmente com relação aos iminentes cortes de juros do Fed. Em suma, vemos mais riscos de baixa do que de alta para o ouro”.