Prejuízo da CVC cai 23% no 4º trimestre | Empresas

by g360noticias
Prejuízo da CVC cai 23% no 4º trimestre | Empresas

A CVC Corp, dona da agência de viagens CVC, registrou um prejuízo líquido de R$ 74,5 milhões no quarto trimestre de 2023, uma queda de 23% nas perdas na comparação com o reportado um ano antes. A redução das perdas veio com a retomada na demanda, assim como a melhora de indicadores operacionais.

No acumulado do ano, o prejuízo líquido foi de R$ 456,9 milhões, alta de 5,4%.

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Ajustado, a empresa registrou um lucro líquido de R$ 18,8 milhões no quarto trimestre, contra uma perda de R$ 197,6 milhões um ano antes. Entre os itens que compõe o ajuste estão a depreciação e amortização, investimentos e redução da operação VHC Stay.

A receita líquida da empresa foi de R$ 352,2 milhões no trimestre, alta de 9,6%. Considerando apenas a operação brasileira, o salto na receita foi de 5,7%, para R$ 270,3 milhões. Apenas no negócio B2C, o salto foi de 11,1%, para R$ 185,6 milhões, reflexo de ganhos com a gestão de produtos exclusivos, melhor precificação e um mix mais favorável de produtos, argumentou a CVC.

No B2B a receita caiu 4,4%, para R$ 84,7 milhões. Segundo a empresa, a queda veio diante da redução no volume de vendas, priorizando a rentabilidade da operação.

No trimestre, o Ebitda foi de R$ 54,3 milhões, queda de 34,3% na comparação anual. Ajustado por itens não recorrentes, o Ebitda ficou em R$ 86,4 milhões.

O take rake (resulta da divisão da receita líquida pelas Reservas Consumidas, uma espécie de rentabilidade do setor) alcançou 9,4% no trimestre, aumento de 0,7 ponto percentual. No B2C do Brasil, o take rake saltou 0,6 ponto percentual, para 13,2%. No B2B a alta foi de 0,4 p.p, para 6,6%.

As reservas confirmadas somaram R$ 3,8 bilhões no último trimestre do ano passado, com crescimento de 9,1% na comparação anual. No acumulado do ano as reservas confirmadas totalizaram R$ 15,4 bilhões, alta de 10%. Os ganhos, disse a empresa, vieram com a recuperação das vendas em lojas física e aumento das vendas e do take rate na semana de Black Friday.

Já as reservas consumidas totalizaram R$ 3,75 bilhões, alta de 1,6% na comparação com 2022. Apenas no Brasil e B2C, houve crescimento de 6,5% no trimestre nas reservas consumidas, inferior ao aumento das reservas confirmadas, sobretudo diante da venda de produtos exclusivos e com prazos mais alongados, segundo explicou a empresa. Já no B2B, as reservas consumidas caíram 9,8% diante da redução do volume ante a descontinuação nas vendas de passagens para milheiros.

A empresa fechou o trimestre com 1.054 lojas. No período, foram abertas 42 lojas e 26 fechadas.

Ao final de 31 de dezembro, a dívida líquida registrou R$ 414,3 milhões redução de R$ 224,9 milhões ante ao reportado em 30 de setembro. A variação no saldo é efeito da conclusão do bônus de subscrição, homologado em 24 de novembro de 2023, aportando no caixa da companhia o valor de R$ 226,2 milhões.

“No Brasil, a inflação segue trajetória de queda, fazendo com que o ciclo de aperto monetário experimentado durante o ano comece a arrefecer, conforme pode ser observado pelas recentes reduções na taxa Selic. A menor taxa de juros, atrelada à recomposição de parte da renda disponível do consumidor, tende a impulsionar o setor do Turismo e a reduzir o custo de acesso ao mercado de crédito. A redução da taxa de juros também reflete diretamente nos juros da dívida da Companhia, beneficiando o resultado financeiro”, disse Fabio Godinho, CEO da companhia, em nota.

— Foto: Divulgação

Fonte: valor.globo.com