A reabertura da vital rota marítima para o porto de Baltimore, onde um navio porta-contêineres colidiu com uma ponte e causou o seu colapso, ainda era incerta ontem, aumentando as preocupações com relação ao impacto econômico e ao comércio.
Nesta quarta-feira (27), mergulhadores recuperaram os corpos de dois dos seis trabalhadores desaparecidos no rio Patapsco desde o acidente, disseram autoridades. Eles faziam parte de uma equipe que fazia reparos na ponte Francis Scott Key, em Baltimore, quando a estrutura foi atingida pelo navio Dali.
A política estadual de Maryland também anunciou a suspensão da busca para recuperar os corpos dos outros quatro trabalhadores desaparecidos devido às condições adversa. Todos os seis trabalhadores foram declarados mortos na noite de terça-feira (26), 18 horas após o acidente.
O colapso da ponte, uma importante via rodoviária que atravessa o porto, forçou o fechamento por tempo indeterminado do porto de Baltimore, um dos mais importantes da Costa Leste dos EUA em movimentação de carga de automóveis e equipamentos agrícolas.
“A prioridade da Guarda Costeira agora é restaurar a hidrovia para o transporte marítimo”, removendo o navio atingido e coordenando a investigação do acidente, disse Peter Gautier, vice-comandante de operações da Guarda Costeira.
O secretário de Transportes americano, Pete Buttigieg, recusou-se a dizer quando os navios poderão voltar a ter acesso à maior parte do porto, o que está condicionado à remoção dos destroços da ponte e do navio. Cerca de doze navios ainda estão no porto — a maioria navios de bandeira estrangeira — que não podem sair por causa da hidrovia bloqueada.
O Dali está estável, mas tem mais de 1,5 milhão de galões de combustível e óleo lubrificante a bordo, além de 4.700 contêineres de carga, e a proa do navio está presa sob os escombros da ponte que devem ser removidos. O peso empurrou a proa para o fundo do rio, mas não há sinais de inundação ou danos, disse Gautier.
Buttigieg disse estar preocupado com os 8.000 empregos diretamente ligados a um porto que movimenta cerca de US$ 100 milhões em carga diariamente.