O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu cinco dias para que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), explique o vídeo em que afirmou que crianças poderão frequentar escolas no Estado mesmo sem vacina.
Na ação, apresentada pelo Psol, a legenda pediu a remoção da publicação divulgada nas redes sociais por entender que a disseminação do conteúdo desestimula a vacinação.
Na gravação, o governador afirmou que nenhum aluno mineiro seria “impedido de estudar por conta de vacina”, sem deixar claro se a medida valeria para todas as vacinas do calendário nacional ou apenas contra a covid-19. Ele estava ao lado do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e do senador Cleitinho (Republicanos-MG).
“Zema vai contra a saúde das crianças mineiras e contra o anúncio do governo federal que amplia o calendário vacinal para atender aos seus anseios ideológicos e agradar ao eleitorado da extrema-direita. Enquanto ele mesmo e sua família já estão vacinados, ele se acha no direito de influenciar famílias para colocar em risco a saúde das pessoas”, disse a deputada Célia Xakriabá (Psol-MG), uma das parlamentares que assinam o pedido.
O Psol também entrou com uma ação no STF contra a edição de decretos e atos normativos por 20 municípios de Santa Catarina, que dispensaram a apresentação de comprovante de vacinação contra a covid-19 para matrícula de alunos na rede municipal de ensino.